domingo, 13 de dezembro de 2009

Livres em Madri

Sexta feira:

Levantei umas 10h. Resolvi sair para a caminhada matinal que tenho tentado fazer para me manter fisiamente ativa, já que ainda não achamos uma piscina e já que ficar com roupa de frio o dia todo nos deixa duros, parecendo um robozinho... André levantou na sequência, animadíssimo para ir andar comigo (o detalhe é que ele tinha ido dormir às 6h...). Eu, felizona, já que já estava preparada para sair só e caminhar juntinho seria ótimo. O dia estava ensolarado e menos frio, uma delícia. A idéia era caminhar um horinha e aproveitar para ir conhecer uma piscina coberta mais ou menos perto de casa. Depois voltar e cuidar da vida.
Saímos, sem banho e com um yogurte no estomago, caminhamos pelas ruas e depois no Parque de Santander (http://www.panoramio.com/photo/12140673). A fome começou a apertar e resolvemos ir para a Praça de Olavide (http://www.madridteacher.com/fotos/alonso-martinez/plaza-de-olavide-c.jpg ), uma pracinha mais ou menos perto de casa (em Madrid, tudo é mais ou menos perto...) com uns cafés y cervecerias em volta. Nessa hora, já quase 13h, resolvemos tomar nosso café da manhã, já que estavamos mortos de fome. E ficamos ali, un buen rato... Conversando sobre a vida, fazendo planos e desfrutando cada segundo. Levantamos quando a fumaça do cigarrão invadiu nosso nariz: time to leave.

Seguimos caminhando pela Calle Fuencarral e mais fome... Almoçamos. Continuamos pela Fuencarral até a Gran Via e depois Plaza del Sol. Olhamos várias lojinhas, mas sem comprar nada... Até porque só tínhamos saído com um $$ contado (afinal, saímos apenas para a caminhada matinal) e também não dá para ficar gastando né? Aqui é vida de estudante ...rsrsrs...

O fato é que voltamos pra casa quase às 20h. Assim, numa sexta feira. A sensação de liberdade é incrível. Simplesmente nos jogamos por Madrid!!

Depois dessa sexta, veio o final de semana. Saímos no sábado à noite e depois de jantar (hasta las 2h) veio a boa copita de sempre. Fomos num lugar que se chama Dejate Besar, lotado, balada 30+, mas com boas músicas. Na verdade, tocou de tudo, desde Velvet Underground, Ramones e The Cure até Dee Lite e U2... Enfim... Foi muito legal, mas ainda quero descobrir outros redutos da noite madrileña.

E para fechar o final de semana, passeio por El Rastro no domingo, com direito a um pincho gigante de salmón (os pinchos são como bruschettas, servidos em pães com mil combinações em cima: desde jamón serrano y ibérico, hasta salmón y otros frutos do mar), livros usados a 1 euro, até leggings forradas para segurar o frio que vem por aí. Alías, hoje chegou o frio. A previsão para amanhã é: mínima de - 2o C (menos dois...) e máxima de 3o C (três...). A ver....

Depois ficamos por aqui... Arrumando a casa que estava uma bagunça, cozinhando (fiz um macarrão com molho de tomate pelado e alcachofra que ficou uma delícia... André aprovou e olha que o queijo ralado que tínhamos na geladeira embolorou e foi sem queijo mesmo).

Ah, assistimos Alta Fidelidade. Eu não tinha visto ainda e gostei bastante, especialmente da perspectiva musical. Só sonzeira... O problema foi ter que assistir o filme dublado. Na Espanha os filmes são dublados. É raríssimo encontrar cimenas com filmes com legenda. E há uma explicação histórica para isso. Mas preciso investigar melhor e depois conto para vocês.

6 comentários:

  1. Incrível nosso final de semana.
    Foi mesmo inesquecível sair de casa na 6a. feira p/ dar uma rápida caminhada pela manhã somente c/o RG e uns trocados no bolso (diga-se: da surrada calça de moletom) e acabar perambulando por Madri até às 8 da noite.
    Indescritível essa liberdade de fazer o que quisermos com o nosso tempo e deixar as coisas irem acontecendo.
    Tá certo que hoje tive que correr atrás do prejuízo e dar um gás nos estudos depois delicioso passeio no Rastro e da macarronada de domingo, mas isso também faz parte da liberdade de poder escolher o que fazermos com o nosso tempo.
    Estou gostando dessa vida, e muito!

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  2. Querida, hoje quando falamos vc ainda não tinha decidido o cardápio... Deve ter ficado bom mesmo!Pena que o queijo ralado embolorou e vejo que não é só na casa da sua avó, que anda bem distraída, que isso acontece!
    Bj, Mamy

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  3. Que maravilha!! Uma caminhada dessas...e com a calça marrom!! Shoe de bola!! E viva o Rastro...nao quero nada ir...Mas, cá entre nós, o melhor evento em Madrid dos ultimos 138 anos será o show do Living Colour!! Tá láaaaa!! Beijao meus queridos!! Rê

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  4. Eu também, meu amor!!!
    Viu, mãe, que macarronada da boa?
    Reeeee... é nóis no Living Colour! O evento mais esperado desde que você está na Espanha, hace unos 4 años..HAHAHA!!!beijos queridos
    Carol

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  5. Oi Carol!

    Na época do Franco, o país passou décadas fechado ao mundo. O objetivo era a "unificação" do território, e o idioma era uma das maneiras de fazer isso, mesmo que na marra. O ensino de outros idiomas, até dos regionais, como o galego, estava proibido.

    Houve dois resultados: os espanhóis são muito mais isolados em relação à "americanização", e a indústria de dublagem se desenvolveu a ponto de ser hoje uma das mais fortes do mundo. Aqui as pessoas sabem quem é o fulano que dubla o Tom Cruise, por exemplo. E acho que se escutam a voz do Tom Cruise de verdade não reconheceriam.

    Dá um pulinho em Portugal pra você ver a diferença. Como eles entendem mais o inglês, usam mais o idioma no dia-a-dia, e assistem a filmes e séries com legenda, igual a gente =)

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  6. Oi Carolzinha!! Que legal, obrigada pela informação!! Além disso, alguns madrileños até tiram sarro de nós pela forma como falamos o inglês (mais americanizado...) e é muito divertido ouvi-los: "u dos", "spidermán", entre outros.. Beijos!

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